De tempos em tempos
podemos comprovar que se levantaram grandes heresias na história da
igreja, como exemplo podemos citar o gnosticismo que atua desde os tempos apostólicos, marcionismo, o montanismo, o arianismo início
do século IV com o bispo de Alexandria Ario entre outras. Essas
heresias foram combatidas e vencidas pela verdade da palavra através
de grandes apologistas que Deus levantou na história como Irineu de
Lião, Policarpo, Atanásio, Clemente de Alexandria, Augustinho de
Hipona entre outros. E em nossos dias? Qual é a maior heresia que tem assolado os
princípios da ortodoxia do cristianismo? Entre tantos, o maior
desvio doutrinário dos dias atuais? Sem dúvida é a teologia da
prosperidade, que ensina que os cristãos tem que ser ricos e
ostentar grandes bens, também tem uma ênfase em curas e milagres,
mas a prosperidade financeira é o seu grande cavalo de batalha, essa
doutrina surgiu nos Estados Unidos, nos anos 40, oriunda das ideias
do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhust Quimby (1802-1866),
foi adaptado ao meio protestante por Essek W. Kenyon que pastoreou e
fundou várias igrejas evangélicas, mas o principal divulgador no
meio protestante foi Kenneth Hagin, fundador do Centro Rhema de
Adestramento Bíblico. Hoje essa doutrina se espalhou não só nas
igrejas neopentecostais, é assim que são conhecidas as igrejas
adeptas dessa teologia, mas também nas igrejas tradicionais e até
mesmo em outros seguimentos do cristianismo como Adventismo,
Catolicismo Romano e etc. Já não se fazem mais templos simples com
banquinhos de madeira, mas verdadeiros palácios luxuosos,
climatizados com púlpito de cristal, poltronas acolchoadas. Tudo para
atender a um novo tipo de cristão que se encaixa nesse perfil. Os
princípios do cristianismo foram trocados por um verdadeiro
exibicionismos de aquisições materiais. É incrível como esse
ranço está impregnado nas igrejas, a ostentação, o luxo são
agora o foco do evangelho, em uma entrevista com a irmã Marias
Andrade da Costa, 70 anos, evangélica há mais de 30 anos, ela
disse: “Tenho vergonha em visitar certas igrejas, pois parece
que todo mundo tem um rei na barriga e nem se quer cumprimentam os
pobres”, é triste ouvir esse tipo de comentário, a que ponto
chegamos? Com toda certeza esse não era o intuito de Jesus quando
nos ensinou sobre vida abundante, cristãos mesquinhos e idolatras de
Mamon é o que muitos tem sido na verdade. Não quero dizer com
isso que o cristão não pode ser rico, porém a um tipo de pessoa
rica que pode ser salva, como se referiu um dos pais da igreja Clemente
de Alexandria.
"O
que o Cristianismo condena é o abuso é o excesso de afeição que o
homem tem aos bens da terra e que o obriga a desconhecer o seu
verdadeiro sentido e o seu valor limitado".
Clemente
de Alexandria 180 D.C.
Cristo nos convida a
viver uma vida de humilde e simplicidade (Mt 5:3-12; Mt 6:19-20),
saibam que a maneira como gastamos os nossos recursos darão
testemunhos contra nós perante Deus no dia do juízo (Tg 5:3).
“Ostentação não tem nada a ver com o Cristão”, o consumismo é
um vício que aprisiona e afeta os princípios bíblicos, fuja dessa
maldição, escapa-te por tua vida. Divida o que tem com os pobres e
com aqueles que os instruem na palavra (Lc 19:8; Gl 6:6), invista
naqueles que tem compromisso em proclamar o reino, não em
instituições corruptas que querem promover uma nova forma de
indulgência, trocando as bençãos de Deus por bens materiais, você
pode até está sendo abençoado e achar que tudo isso está vindo de
Deus, mas o diabo é especialista em criar engôdos para atrair o
crente (Tg 1:14; 2Ts 2:11), fujam da teologia da prosperidade, vivam
uma vida de comunhão e santificação com Deus, em amor e
simplicidade, façam do sermão do monte uma lei para suas vidas.(Mt
Cap. 5). vejam também (Pv 30:7-9; 1Tm 6:3-11; Tg 5:1-3).
Autor: Irmão Jáder de Souza
Fone: (083) 8825-2244
Fonte: http://a-palavradosenhor.blogspot.com.br
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“Às vezes, parece difícil perceber onde há verdadeiro temor ao Senhor. O poderoso explora o pobre como se não houvesse um Deus para ver e julgar seus atos. Na própria igreja, há “lideres” que ficam ricos pregando o evangelho, enquanto pessoas morrem de fome. Sem dúvida, embora o reino de Deus tenha irrompido, ainda vivemos sob o antigo regime, no qual o poderoso tira vantagem do restante do povo, e o privilegiado ostenta seu privilégio”. Justo L. González – ATOS o evengelho do Espírito Santo. Hagnos.
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