Perseguição aos cristãos hoje é comparável à Roma
de Nero
Os cristãos
atualmente estão enfrentando uma perseguição que estaria “em pé de igualdade”
com o que ocorria sob o imperador romano Nero. Essa é a opinião de um
importante ativista dos direitos humanos.
Um
encontro promovido pela International Christian Concern em Washington, EUA, que
reuniu ativistas e um desertor norte-coreano detalhou os graves abusos contra
os direitos humanos perpetrados contra cristãos. Uma atenção maior foi dedicada
à situação na Coreia do Norte, onde todos que vivem sob o regime comunista de
Kim Jong-Un sofrem abusos.
Vários
estudiosos do assunto apontaram que a conduta do ditador transformou o país no
mais fechado do mundo, onde há uma tentativa deliberada de se extinguir o
cristianismo.
Greg
Scarlatoiu, diretor executivo do Comitê de Direitos Humanos na Coréia do Norte,
afirmou: “Antes da tomada do poder comunista, a capital Pyongyang era conhecida
como a ‘Jerusalém do Oriente’. Na Coréia do Norte, o cristianismo era praticado
abertamente e a existência de várias igrejas na mesma rua [era] uma visão
comum”.
O
especialista já liderou esforços para a publicação de pelo menos 24 relatórios
e livros sobre os abusos dos direitos humanos dos cristãos. Scarlatoiu lembrou
que foi a partir da decisão do Comitê Provisório do Povo, em 1946, que a Coréia
do Norte forçou o fechamento maciço de igrejas.
Os
agitadores do Partido Comunista foram inseridos em comunidades cristãs
católicas e evangélicas e começaram a criticar os sermões que não se alinhavam
ao regime, destaca.
Em 1962,
o então presidente Kim Il-sung, avô de Kim Jong-Um, afirmou: “não podemos
avançar em direção a uma sociedade desenvolvida com pessoas religiosas. Por
isso temos de julgar e punir aqueles que ocupam cargos de liderança nas igrejas
protestantes ou católicas”.
Essa
medida teve grande impacto, pois se em 1948, antes do comunismo, cerca de um
quarto da população norte-coreana pertencia a alguma crença religiosa, em 2017
o número está agora abaixo de 1%.
Ao longo
dos anos, o regime dos “Kim” matou centenas de milhares de seu próprio povo sob
diversas alegações, começando com Kim Il-sung, continuando com seu filho, Kim
Jong-il, e perpetuou-se com seu neto, Kim Jong-un.
Fazendo
uma comparação com os índices atuais de perseguição, Scarlatoiu acredita que a
liberdade religiosa é a principal questão na defesa dos direitos humanos no
século 21. “Essa perseguição religiosa, em particular aos cristãos, é
comparável com a Roma de Nero, bem como com o genocídio assírio, grego e
armênio da Primeira Guerra Mundial ou o genocídio dos Yazidi”, sentenciou.
Fonte: GospelPrime
© Criado em 16 de junho de 2011 - Boa Informação
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