domingo, 20 de abril de 2014

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE A GRANDE HERESIA DA IGREJA CONTEMPORÂNEA

De tempos em tempos podemos comprovar que se levantaram grandes heresias na história da igreja, como exemplo podemos citar o gnosticismo que atua desde os tempos apostólicos, marcionismo, o montanismo, o arianismo início do século IV com o bispo de Alexandria Ario entre outras. Essas heresias foram combatidas e vencidas pela verdade da palavra através de grandes apologistas que Deus levantou na história como Irineu de Lião, Policarpo, Atanásio, Clemente de Alexandria, Augustinho de Hipona entre outros. E em nossos dias? Qual é a maior heresia que tem assolado os princípios da ortodoxia do cristianismo? Entre tantos, o maior desvio doutrinário dos dias atuais? Sem dúvida é a teologia da prosperidade, que ensina que os cristãos tem que ser ricos e ostentar grandes bens, também tem uma ênfase em curas e milagres, mas a prosperidade financeira é o seu grande cavalo de batalha, essa doutrina surgiu nos Estados Unidos, nos anos 40, oriunda das ideias do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhust Quimby (1802-1866), foi adaptado ao meio protestante por Essek W. Kenyon que pastoreou e fundou várias igrejas evangélicas, mas o principal divulgador no meio protestante foi Kenneth Hagin, fundador do Centro Rhema de Adestramento Bíblico. Hoje essa doutrina se espalhou não só nas igrejas neopentecostais, é assim que são conhecidas as igrejas adeptas dessa teologia, mas também nas igrejas tradicionais e até mesmo em outros seguimentos do cristianismo como Adventismo, Catolicismo Romano e etc. Já não se fazem mais templos simples com banquinhos de madeira, mas verdadeiros palácios luxuosos, climatizados com púlpito de cristal, poltronas acolchoadas. Tudo para atender a um novo tipo de cristão que se encaixa nesse perfil. Os princípios do cristianismo foram trocados por um verdadeiro exibicionismos de aquisições materiais. É incrível como esse ranço está impregnado nas igrejas, a ostentação, o luxo são agora o foco do evangelho, em uma entrevista com a irmã Marias Andrade da Costa, 70 anos, evangélica há mais de 30 anos, ela disse: “Tenho vergonha em visitar certas igrejas, pois parece que todo mundo tem um rei na barriga e nem se quer cumprimentam os pobres”, é triste ouvir esse tipo de comentário, a que ponto chegamos? Com toda certeza esse não era o intuito de Jesus quando nos ensinou sobre vida abundante, cristãos mesquinhos e idolatras de Mamon é o que muitos tem sido na verdade. Não quero dizer com isso que o cristão não pode ser rico, porém a um tipo de pessoa rica que pode ser salva, como se referiu um dos pais da igreja Clemente de Alexandria.

"O que o Cristianismo condena é o abuso é o excesso de afeição que o homem tem aos bens da terra e que o obriga a desconhecer o seu verdadeiro sentido e o seu valor limitado".
Clemente de Alexandria 180 D.C.

Cristo nos convida a viver uma vida de humilde e simplicidade (Mt 5:3-12; Mt 6:19-20), saibam que a maneira como gastamos os nossos recursos darão testemunhos contra nós perante Deus no dia do juízo (Tg 5:3). “Ostentação não tem nada a ver com o Cristão”, o consumismo é um vício que aprisiona e afeta os princípios bíblicos, fuja dessa maldição, escapa-te por tua vida. Divida o que tem com os pobres e com aqueles que os instruem na palavra (Lc 19:8; Gl 6:6), invista naqueles que tem compromisso em proclamar o reino, não em instituições corruptas que querem promover uma nova forma de indulgência, trocando as bençãos de Deus por bens materiais, você pode até está sendo abençoado e achar que tudo isso está vindo de Deus, mas o diabo é especialista em criar engôdos para atrair o crente (Tg 1:14; 2Ts 2:11), fujam da teologia da prosperidade, vivam uma vida de comunhão e santificação com Deus, em amor e simplicidade, façam do sermão do monte uma lei para suas vidas.(Mt Cap. 5). vejam também (Pv 30:7-9; 1Tm 6:3-11; Tg 5:1-3).

Autor: Irmão Jáder de Souza
Fone: (083) 8825-2244
Fonte: 
http://a-palavradosenhor.blogspot.com.br

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Um comentário:

  1. “Às vezes, parece difícil perceber onde há verdadeiro temor ao Senhor. O poderoso explora o pobre como se não houvesse um Deus para ver e julgar seus atos. Na própria igreja, há “lideres” que ficam ricos pregando o evangelho, enquanto pessoas morrem de fome. Sem dúvida, embora o reino de Deus tenha irrompido, ainda vivemos sob o antigo regime, no qual o poderoso tira vantagem do restante do povo, e o privilegiado ostenta seu privilégio”. Justo L. González – ATOS o evengelho do Espírito Santo. Hagnos.

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